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segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Nova classe de células-tronco oferece possibilidade de reparação da medula espinhal

Cientistas descobrem nova classe de células na medula espinhal que agem como células-tronco neurais e dão esperança de cura para diversas doenças medulares. De acordo com o estudo, o avanço irá oferecer mais opções na busca de terapias para tratar de atrofia muscular espinhal, doenças da medula, esclerose múltipla e Esclerose lateral amiotrófica (ELA).

A nova classe de células conta ainda com uma localização conveniente, ao longo da borda da medula espinhal, pois podem ser ativadas com menor risco para ajudar a reparação da medula espinhal durante a doença ou após a lesão.

Por muito tempo o sistema nervoso era considerado incapaz de reparar si mesmo, pois as células usadas para criá-lo se esgotavam com o tempo. Com a identificação dessas células-tronco há a possibilidade de ativar um determinado conjunto de genes para estimular essas células e reconstruir a rede danificada na medula espinhal.

A equipe responsável pela pesquisa utilizou o Allen Spinal Cord Atlas, um detalhado mapa de genoma agora acessível online, para comparar os genes expressos, ou ligados, na coluna espinhal com os encontrados em outras células-tronco neurais e revelou 122 genes semelhantes.

O estudo foi realizado por cientistas da Universidade de British Columbia, do Instituto Allen para a Ciência do Cérebro, do Instituto Neurológico Montreal e do Hospital da Universidade McGill e está publicado na revista científica PLoS One.

Fonte: UOL Ciência e Saúde

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Entenda um pouco sobre Rizotomia Posterior Seletiva


Segundo a Revista Brasileira de Ortopedia, RBO, a Rizotomia Posterior Seletiva é uma técnica neurocirúrgica em que se produz a secção (corte) seletiva da raiz nervosa posterior da coluna lombossacral, segundo o estudo, devido ao fato de não seccionar toda a raiz nervosa, as sensações táteis e proprioceptivas seriam mantidas intactas.

O estudo teve como foco crianças com quadriplegia espástica, e concluiu, que estas são muito difíceis para tratar porque apresentam várias mudanças durante seu desenvolvimento, assim como sua espasticidade, seu equilíbrio e algumas alterações mentais.
 
Observe-se que o resultado é muito subjetivo, já que não confirma se a melhora ocorreu pela rizotomia ou devida à intensa fisioterapia após a cirurgia. O importante ponto é que o paciente necessita ter idade suficiente para ajudar com a fisioterapia.
Por fim, "não é nossa ideia contra-indicar a rizotomia na quadriplegia espástica, mas, devido a todas essas variações, sua indicação tem que ser decidida com muito cuidado", concluiu o estudo.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Bioengenharia de tecidos: o futuro dos transplantes?


Na semana passada foi realizado nos Estados Unidos um transplante de vaso sanguíneo “fabricado” com técnicas de bioengenharia e células-tronco, pelos cientistas Breuer e Shinoka. O paciente é um bebê que nasceu com um único ventrículo, um grave defeito cardíaco que atinge cerca de 3000 crianças por ano nos Estados Unidos. Esse defeito faz com que o sangue rico de oxigênio que vem do pulmão e o sangue sem oxigênio que volta das veias se misture de modo incorreto causando uma síndrome denominada “síndrome do bebê azul”. Se não houver intervenção cirúrgica , 70% das crianças que nascem com esse defeito morrem no primeiro ano de vida. É a primeira vez que esse implante, resultante de técnicas de bioengenharia, é realizado nos Estados Unidos, dez anos depois de ter sido feito no Japão comenta Elie Dolgin na revista Nature Medicine (vol 17:9, setembro de 2011). Por que tanta demora e o que aprendemos durante esse tempo, discute ele nesse artigo que vou reproduzir em parte.